5/2/2018


APOSENTADORIA

Atos contra reforma da Previdência vão "receber" deputados nos aeroportos

Manifestações acontecem nos aeroportos nas manhãs desta segunda (5) e na terça (6), quando iniciam os trabalhos legislativos no Congresso

Os deputados e senadores que se dirigirem ao Congresso Nacional no início dos trabalhos legislativos de 2018 vão ser "recebidos" por manifestações nos aeroportos contrárias à reforma da Previdência. Servidores públicos vão participar dos atos, nos quais dirão aos parlamentares a frase símbolo da campanha em curso em defesa do direito à aposentadoria: “Se votar, não volta”.

O centro dos protestos é o aeroporto internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília, onde a ‘"recepção" acontecerá nas primeiras horas das manhãs desta segunda-feira (5) e terça-feira (6). Mas os manifestantes planejam fazer barulho em todos os aeroportos das capitais dos 27 estados do país, além de outras grandes cidades.

A participação do funcionalismo nestes protestos foi ratificada durante a reunião ampliada do Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais, ocorrida em Brasília, no San Marco Hotel, no último fim de semana. O evento reuniu 260 servidores de 26 entidades nacionais que representam variados setores profissionais dos serviços públicos e estabeleceu uma agenda de ações de enfretamento contra a reforma da Previdência.

Ao longo dos debates transcorridos nesses dois dias, os servidores afastaram qualquer ideia de que a reforma já estaria arquivada. Ao contrário, destacaram que se foi a força da mobilização e da campanha contra a Proposta de Emenda Constitucional 287/2016 que impediu que ela fosse votada até agora, arrefecer o movimento neste momento seria abrir as portas para o governo avançar. “A retomada da organização e mobilização dos servidores é a resposta necessária às mentiras de Temer, que trata nossos direitos como privilégio e mantém intocáveis os grandes bancos e empresas devedores da Previdência”, disse, à reportagem, o servidor Cristiano Moreira, da coordenação da Fenajufe (Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e do MPU), que integrou uma das mesas do evento. “É também o ponto de partida para uma imprescindível greve geral, que precisamos seguir cobrando das grandes centrais sindicais”, disse.

 

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Helcio Duarte Filho