30/4/2017


DIA DOS TRABALHADORES

1º de Maio terá repúdio às reformas de Temer e à repressão na greve geral

Tradicional ia internacional dos trabalhadores terá atos nos estados poucos dias após a greve geral e a aprovação da reforma trabalhista na Câmara

“Nenhum direito a menos”. A frase deverá marcar no Brasil os tradicionais atos do 1º de Maio, Dia Internacional dos Trabalhadores. As manifestações vão ocorrer há apenas três dias de uma das mais fortes greves gerais da história do país e há cinco da aprovação na Câmara dos Deputados do maior corte de direitos trabalhistas já contido em um projeto de lei.

Os atos que estão sendo convocadas pelos movimentos sindicais e sociais têm como principal bandeira a rejeição das reformas que o governo de Michel Temer tenta aprovar e que eliminam direitos previdenciários e de proteção ao trabalho. Estão previstas ainda denúncias da repressão violenta às manifestações que transcorreram durante a greve geral de 28 de abril.

Milhares de pessoas tomaram as ruas nas capitais e de outras mais de duas centenas de cidades ao longo da greve geral de sexta-feira (28). Em muitos lugares, a repressão policial aos protestos foi muito violenta. No Rio, o ato unificado durou poucos minutos por conta da enorme quantidade de bombas de gás lacrimogêneo lançadas pela Polícia Militar contra a multidão. Em Goiânia (GO), um ato denunciado pelos manifestantes como criminoso de um policial militar pôs um estudante da Universidade Federal de Goiás em estado grave no hospital, com risco de vida. O rapaz foi atingido na testa pelo cassetete de um PM. Nas redes sociais, a violência e a repressão aos atos foram repudiadas. 

A luta contra as reformas tende a entrar em momento que pode ser decisivo. O governo segue afirmando que colocará a proposta de emenda constitucional referente à Previdência Social em votação na comissão especial da Câmara no dia 2 de maio e que pretende votá-la no Plenário na primeira quinzena do mês. Sindicato, centrais sindicais e os movimentos sociais articulam novas datas de protesto – uma marcha nacional a Brasília e uma possível nova greve geral estão entre as propostas defendidas.

 

 

 

 

 

 

 

 



Hélcio Duarte Filho