8/3/2017


8 DE MARÇO - 8M

Mulheres protestam no mundo nesta 4ª (8) contra violência e por direitos trabalhistas e sociais

Dia Internacional das Mulheres será de atos e paralisações em dezenas de países e terá repúdio às "reformas" da Previdência e Trabalhista no Brasil

As mulheres promovem em dezenas de países do mundo, nesta quarta-feira (8), manifestações que vão unir a defesa do fim das discriminações de gênero e da violência sexista com a luta por direitos sociais e trabalhistas. Os protestos deste ano podem entrar para a história do Dia Internacional das Mulheres como dos mais expressivos já realizados.

Mobilização que extrapola as fronteiras dos estados nacionais convoca as mulheres a paralisar as suas atividades – laborais e domésticas – para protestar. Haverá atos e passeatas provavelmente em todas as capitais do Brasil e em dezenas de outras cidades.

Trabalhadoras e trabalhadores do Judiciário Federal e do Ministério Público da União devem participar das atividades. A data foi incorporada ao calendário de mobilização aprovado na reunião ampliada da federação nacional da categoria, a Fenajufe, realizada em fevereiro, em Brasília.

No Brasil, a data ganha ainda forte conteúdo de enfrentamento às ‘reformas’ trabalhista e previdenciária que o presidente Michel Temer (PMDB) tenta aprovar no Congresso Nacional. As críticas ao peemedebista serão inevitáveis na manifestação. Além de sua alta impopularidade e de ter montado um ministério notadamente formado por homens conservadores e envolvidos em denúncias de corrupção, Temer enviou ao legislativo propostas que reduzem direitos previdenciários e trabalhistas cujos efeitos são ainda mais severos sobre as mulheres.

Para se ter uma ideia, uma professora do ensino básico, que pelas regras atuais pode se aposentar aos 25 anos de magistério, terá que contribuir por 49 anos com a Previdência Social e trabalhar até os 65 anos de idade para se aposentar de forma plena se a Proposta de Emenda Constitucional 287 for aprovada e entrar em vigor. "Nós mulheres somos as que mais sofremos com as medidas do governo, com a falta de direitos, com a violência cotidiana que nos atinge em casa, no local de trabalho e na escola", afirma vídeo divulgado pelo movimento.

 

 



Helcio Duarte Filho