7/11/2016


NOTA - LUTA FENAJUFE

A verdade sobre o que está ocorrendo no Sindjus-DF

Nota de repúdio ao machismo e aos atos arbitrários, ilegítimos e ilegais dos setores da direção do Sindjus-DF que se aliaram à CUT para usurpar o sindicato da categoria.

Há um ataque sem precedente contra os direitos dos trabalhadores em geral e dos servidores, em especial. Estamos sob o risco concreto de ver conquistas sociais, trabalhistas e previdenciárias históricas virarem pó em pouco tempo. O governo Temer aprofunda a passos largos a política de ‘ajuste fiscal’ da gestão de Dilma. É preciso detê-lo.

Mas nada disso tem importância para a parcela de dirigentes do Sindjus-DF e seus aliados que decidiram jogar a ética, a lisura, a democracia e o estatuto do sindicato no lixo para tentar usurpar o sindicato e do patrimônio da categoria.

 Não por acaso, esses falsos dirigentes sindicais do MMJ e do Fenajufe Sem Correntes se unem a sindicalistas da CUT e do PT para fazer isso. Na última assembleia do sindicato, usaram essa aliança para, numa reunião com poucos servidores, afastar de forma ilegal e ilegítima dois diretores do sindicato (Júnior e Itamar), mesmo que essa possibilidade não exista nem no edital de convocação da assembleia e tampouco no estatuto da entidade sindical.

Desrespeitaram a categoria. E não bastasse isso, partiram para violência física e o machismo, trazendo para o movimento sindical do Judiciário Federal práticas com as quais não estamos acostumados. A servidora Elcimara, dirigente do sindicato e reconhecida ativista da luta pelo reajuste salarial e pelas demandas da categoria, tentava falar na assembleia quando três homens, sob a ‘liderança’ de Georges Nogueira, avançaram contra ela, numa tentativa de intimidação agressiva, grotesca e machista.

 

Estas pessoas, ausentes nas nossas lutas, não estão preocupadas com a categoria. Não estão preocupadas com a mobilização para defender direitos históricos e evitar 20 anos de congelamento salarial e a possível inviabilização financeira do Poder Judiciário e do Ministério Público – que é o que poderá acontecer caso a proposta de emenda constitucional 241, a chamada “PEC do fim do mundo”, seja aprovada e entre em vigor.

 

A única preocupação deles é em tomar o sindicato da categoria, à revelia da democracia e do estatuto. Agem de braços dados com a CUT e setores que boicotaram nossa luta pela derrubada do veto ao nosso reajuste salarial (PLC 28). E tornaram-se defensores ferrenhos do serviço advocatício de um escritório do tempo em que a CUT e o PT controlavam o sindicato – além de aprovarem sem ressalvas as contas da gestão cutista, apesar dos problemas detectados por uma auditoria independente.

 

O custo desse escritório é de 110 mil mensais ou R$ 1,4 milhão por ano, pagos com o dinheiro das contribuições dos associados. A estranha irresponsabilidade deles provoca tamanho prejuízo financeiro ao Sindjus-DF, além de ter acarretado uma pesada multa para o sindicato, que teve que rescindir o contrato com o novo escritório.

 

Nos solidarizamos com Elcimara, com Junior e Itamar. Confiamos na capacidade dos servidores do Judiciário Federal e do MPU no Distrito Federal de retomar o sindicato das mãos de impostores que não cumprem o estatuto, não respeitam a democracia, tentam dividir a categoria e nada fazem para defender os direitos ameaçados.

 

Coletivo LutaFenajufe