LutaFenajufe

      Foto: Joca Duarte

Os delegados ao 9º Congrejufe reafirmaram a concepção de que a categoria é formada por trabalhadores do serviço público do Judiciário Federal e do Ministério Público da União. Os servidores rejeitaram a proposta, apresentada por parcela dos delegados, de alteração estatutária na qual o nome da Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e do MPU seria alterado. A palavra ‘trabalhadores’ seria substituída por ‘servidores’.

O segundo dia de Congresso foi marcado pelo início do debate sobre as alterações no estatuto da Federação. As mudanças estatutárias precisam ser aprovadas com o voto de 50% mais um do total de 540 delegados credenciados, ou seja, 271. A proposta em questão teve 146 votos.

O servidor Pedro Aparecido, do Judiciário Federal em Mato Grosso e da coordenação da Federação, foi um dos que se manifestou na tribuna contra a proposta e defendeu a manutenção do termo trabalhador. Ele disse que via com tristeza o que estava sendo proposto e que, por trás disso, haveria a intenção de negar a história de luta da federação. “Comecei a trabalhar com cinco anos de idade. Há 47 anos eu sou trabalhador. Há 35 anos eu sou servidor público com muito orgulho, da classe trabalhadora”, disse.

Para conseguir dar prosseguimento ao Congresso, dentre as mais de 100 propostas de alterações estatutárias, os delegados decidiram apreciar apenas algumas delas e encaminhar o restante para uma plenária que analisará os demais itens, a ser convocada ainda este ano.

Contra a burocratização da Federação

A segunda proposta apreciada pelos delegados na noite desta quinta-feira, 28, foi a limitação da reeleição na diretoria da federação. Desta forma, o servidor que for eleito para a diretoria executiva poderá ser reeleito apenas uma vez, contribuindo para a renovação das direções sindicais. A proposta foi aprovada por ampla maioria dos delegados.

Para Tarcísio Ferreira, servidor da Justiça Trabalhista de São Paulo e coordenador da federação, a alteração fortalece a Fenajufe e é uma medida importante no combate à burocratização. “Construímos uma federação que é a soma de todos os sindicatos da categoria e é possível trazer colegas novos e fazer uma síntese entre a renovação e experiência, isso não nos enfraquece, pelo contrário, fortalece a luta da categoria”, afirmou.

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