LutaFenajufe
Foto: Joca Duarte
O perfil das polêmicas que travaram o congresso no seu segundo dia expressa, em boa medida, o maior risco que o 9º Congrejufe corre: não debater e preparar a categoria para um período que já se anuncia de muitos ataques a direitos dos trabalhadores, independentemente do desfecho da crise política palaciana instalada em Brasília.
A maioria dos delegados rejeitou a tentativa de parcela dos servidores de impedir a participação da comissão que se deslocou a Brasília para acompanhar a votação dos projetos salariais. Mas o fato de tal proposta ter sido posta em pauta e ter mobilizado boa parte do tempo do segundo dia em Florianópolis (SC) é motivo de preocupação.
Os servidores que integram o LutaFenajufe têm a compreensão coletiva de que o congresso não pode se resumir à disputa eleitoral. As eleições têm que expressar os debates travados e conformar a melhor diretoria possível, que reflita as diversidades e pluralidades da categoria, capaz de organizar as lutas que serão necessárias. Está nas mãos dos delegados ao 9º Congrejufe impedir que não se repita o que ocorreu no congresso passado, quando se aprovou a desfiliação da CUT, mas se manteve uma direção ainda majoritariamente cutista e governista.
Mas para isso é preciso assegurar, antes de tudo, um congresso que prepare a categoria para enfrentar o que vem por aí – e que atingirá todos os trabalhadores. A relutância ainda hoje dos parlamentares e do governo em aprovar os projetos salariais, que sequer repõem as perdas de dez anos, é a demonstração do cenário conjuntural atual. É responsabilidade de cada delegado garantir as respostas a isso – fazer do 9º Congrejufe um instrumento importante para defender o futuro coletivo de todos os servidores do Judiciário Federal e do MPU e que aponte para a unidade com os demais trabalhadores.
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