A greve dos servidores do Judiciário Federal cresce em todo o estado de São Paulo. Na capital, a mobilização levou mais de quatro mil para a Avenida Paulista, na última quarta-feira, dia 24, em assembleia geral.

Servidores e diretores do Sintrajud afirmam que esta é uma das maiores já deflagradas no estado e tem como mote a aprovação do PLC 28/2015 – projeto de recomposição dos salários, que estão congelado há nove anos.
Duas peculiaridades dessa forte mobilização são a utilização das redes sociais, principalmente o WhatsApp, e o engajamento das mulheres na organização e no comando. “As mulheres enfrentam várias pressões da família e da sociedade e, mesmo assim, estão engajadas”, observa José Dalmo, servidor do TRF-3, que com outros servidores e diretores do Sintrajud, constrói a mobilização no ABCD.
Na avaliação do servidor, esta greve é uma das mais ativas. O comando de greve do ABCD já conseguiu adesão da Justiça Trabalhista São Bernardo do Campo, que é o 2º maior Fórum da Grande São Paulo; JF e JEF, também de São Bernardo do Campo, JF São Caetano do Sul, Santo André, Diadema e Mauá. “É, com certeza, a maior greve já deflagrada na região”, diz o servidor.
Nas cidades da região, os servidores mais engajados na mobilização se re- únem com frequência para discutir as atividades do dia e a forma como serão feitos os arrastões de esclarecimento, que também são diários.
Outros municípios da Região Metropolitana que dão força ao movimento de greve no estado são Barueri, primeira cidade a parar, Justiça Federal e Trabalhista Osasco; JT Santana de Parnaíba; JT Jandira; JF Cajamar e Caieiras.
Nesses locais, a busca pela adesão é feita dia a dia, diz Saulo Martins de Melo, diretor de base de Barueri. “Fazemos arrastões para fortalecer e ampliar a greve; e percebemos que os servidores querem manter a greve até a aprovação do PLC 28”, diz.
A Justiça Trabalhista Guarulhos, maior fórum da Região Metropolitana, também mantém a greve com encontros freqüentes e participação em todos os atos e assembléias gerais. Na última sexta-feira, a paralisação ganhou a adesão dos oficiais de justiça.
Na região do Alto Tietê, a JT Ribeirão Pires para nesta segunda-feira, dia 29. Suzano, Ferraz de Vasconcelos, Mogi das Cruzes, Poá e Itaquaquecetuba já estavam em greve e os servidores se mantém mobilizados com encontros presenciais e twitaços.
Interior
O interior do estado tem novas adesões. Na sexta-feira, 26, a Justiça Federal e o Juizado Especial Federal Sorocaba e JF São José dos Campos entraram na greve e dão força ao movimento, que já tinha JF e JEF Campinas e JFs de Jundiaí e de Marília. Essas cidades mantêm apenas os serviços essenciais.
A estratégia para manter o entusiasmo dos servidores no movimento paredista é a mesma – encontros diários, arrastões de esclarecimento, participação nas redes sociais.
Baixada Santista
Os servidores das JTs Cubatão, Guarujá e Praia Grande, e JFs e JTs Santos e São Vicente continuam em greve e participando de atos, assembleias e demais atividades da greve. Juntas essas cidades têm 85% de adesão.
Oficiais de justiça das JT e JF da Capital, e JT Santos, Cubatão, Guarujá, São Vicente, Praia Grande, São Bernardo do Campo e Mauá também continuam em greve.