Em uma semana com a agenda cheia de mobilizações e após uma histórica assembleia geral realizada em frente ao TRE, hoje foi dia de mais um grande ato público da categoria, dessa vez no saguão do TRT4, reunindo novamente centenas de servidores. Além de servidores da JT, a atividade reuniu colegas da JF e da JE, da capital e do interior, que tomaram o saguão com apitaço e palavras de ordem chamando os demais a descer.

O ato público foi marcado aproveitando a presença, no tribunal, do corregedor-geral da Justiça do Trabalho, ministro Brito Pereira, que apesar da insistência do Sintrajufe/RS, afirmou não ter agenda para receber a entidade. A negativa do ministro, anunciada aos presentes, fez aumentar a atividade, com a participação de muitos colegas do prédio. Em coro puxado pela direção do sindicato, os servidores exigiam que Brito Pereira recebesse os servidores e ouvisse suas reivindicações. Foi ressaltado que a categoria, que está há nove anos sem reposição salarial, tem adoecido no cumprimento das altas metas impostas pela cúpula do Judiciário. O sindicato permanece buscando a interlocução com o corregedor. 
Durante o ato, ficou demarcada a indignação dos servidores com a desvalorização da categoria, somada à pressão das metas e da sobrecarga de trabalho. Em coro, bradaram um sonoro "CHEGA" ao desrespeito, às metas impostas pelo Conselho Nacional de Justiça, à sobrecarga de trabalho e à desvalorização da categoria, deixando claro que a luta vai seguir em busca da merecida reposição das perdas salariais, que já somam 50% ao longo dos últimos anos.

A atividade, realizada com o intuito de fortalecer a greve, agregou à pauta a defesa do respeito à democracia e da livre manifestação da categoria. Isso porque, quando o ato público já se encaminhava para o fim, a administração do TRT4 interveio, alegando que o tempo para que os servidores permanecessem no saguão havia acabado e pedindo o imediato fim da atividade.

Imediatamente, os presentes mostraram-se indignados e, ao som de vaias, mantiveram-se no local até o encerramento da atividade. Além disso, deixaram claro que a categoria merece mais respeito por parte da administração. "Esse é um espaço público e estamos fazendo uma manifestação pacífica. Os servidores responsáveis pelos resultados hoje exibidos pelo tribunal ao corregedor merecem mais respeito por parte da administração", disse o diretor Cristiano Moreira. Após, os trabalhadores deslocaram-se para a frente do prédio, onde a atividade continuou se desenvolvendo.